sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dica 100% Natural - Para aliviar a tosse

Por aqui estiveram uns dias de muito calor e desde ontem voltou a ficar fresquinho com muita chuva à mistura, resultado: o Leo está como muita tosse hoje.... :(
É a segunda vez que ele tem tosse, mas desta vez é daquela irritante que nem o deixa dormir bem...
Então aqui em casa para aliviar resgatei uma receitinha caseira, aqui fica para quem precisar. Os resultados estão comprovados, tomei durante a gravidez e já dei ao Leo e verificaram-se sempre melhoras :)

Receita para aliviar a tosse
1 cenoura
1 colher de sobremesa de gengibre ralado
1 colher de sobremesa de cebola ralada 
4 colheres de sopa de mel

Ralar a cenoura muito fina, juntar os restantes ingredientes e ferver por 2-3 minutos. Deixar arrefecer e dar 3 a 4 colheres de sopa por dia (antes das refeições principais e antes de dormir). 

E vocês também usam receitinhas caseiras para os vossos filhotes?

Bom fim de semana

Problemas a comentar!!!

Amiguinhos acho que estou com uns problemas técnicos aqui no blog... já recebi 3 queixas por e-mail de que está impossível comentar os meus post...
Logo eu que gosto tanto de saber a vossa opinião. Fico tão contente quando abro o e-mail e tenho comentários para ver ;) E mais chato ainda é que sem comentários não à partilha de opiniões, discussão de ideias e troca de miminhos :)
Já alterei aqui umas definições mas não sei se o problema continua... avisei-me se tiverem dificuldades, ok???

Bom fim de semana!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Criança independente: "Ajuda-me a fazer sozinho"

Com a chegada do 2º aniversário a criança começa a querer ser mais independente, começa a ter capacidade para isso mas como em todas a fases do seu desenvolvimento precisa do nosso apoio, da nossa compreensão, paciência e calma... Este é um momento crucial para a criança construir o seu espaço e o seu momento de brincadeira sem ter que estar sempre junto da mamã e do papá.
O Leo sempre foi uma criança que requisita muito a nossa atenção, não gosta de brincar sozinho, mas começa a entender que existem momentos que a mamã tem outras coisas para fazer e ele tem que se ocupar sozinho.
Ouço muitas vezes mães a lamentar-se que o seu filho não consegue brincar sozinho (ok o Leo só brinca sozinho por 15 min no máximo), que o pequeno quer sempre que a mamã brinque com ele (compreensível  com companhia é bem mais divertido), que não consegue fazer as tarefas da casa sem que ele esteja sempre a seu lado, que se ele fica sozinho 5 minutos começa a chorar (aqui também é assim).
Estas coisas também acontecem cá em casa mas estão a tornar-se cada vez menos frequentes , pois o Leo está cada vez menos dependente... cada vez mais um rapazinho capaz... mas para que ele se torne ainda mais capaz precisa da minha ajuda.

O que considero muito importante, nesta nova fase do seu desenvolvimento é deixá-lo respirar, é não estar sempre ao seu lado, é deixá-lo construir o seu próprio espaço.
Tentar ao longo do dia não estar sempre a postos para satisfazer os pedidos do pequeno. O que não quer dizer, naturalmente, que a estratégia é deixa-lo sozinho e ele que se vire, mas sim quando ele quiser alguma coisa tentar contrapor o pedido com perguntas de forma a ele próprio tentar resolver o seu problema, chegar a uma solução para a sua necessidade. - Seguindo a máxima: "Ajuda-me a fazer sozinho"  e não "Faz por mim".
O Leo está a deixar de ser um bebé e esta transição tem que ser feita também por mim mãe, não é verdade?

Por exemplo, ele quer mas não consegue calçar o sapato sozinho ou ele quer construir alguma coisa com os Legos e a sua construção cai, aí chama a mamã para que ela faça por ele, tornando tudo mais fácil.  A melhor estratégia será perguntar-lhe: - "O que queres mesmo fazer?" "Se queres fazer uma torre, que tens que fazer primeiro? Construir a base com umas peças maiores, não é? - O que quero dizer é que os nossos pequenos tem que aprender a se sentir seguros a fazer, a experimentar sozinhos, e nós temos agora a função mais do que nunca de os orientar. Deixámos de os servir para os guiar - "O que queres fazer agora?", "Para isso o que tens que fazer primeiro?", "Se queres calçar os sapatos sozinho o que tens que fazer primeiro? Tens que abrir as correias, enfiar o pé e colar as correias novamente". - Vamos guiar, mostrar como se faz e aos poucos ele conseguirá fazer sozinho.

As crianças conseguem, a maioria das vezes, fazer mais do que nós achamos, eu fico muitas vezes de boca aberta com a velocidade que o Leo aprende. É importante, a meu ver, deixar que as crianças experimentem, errem e treinem a sua concentração, paciência e persistência. Para que aos poucos se sintam capazes de fazer sozinhos.
Momentos como o lavar os dentes, colocar a pasta na escova, às refeições tentarei comer tudo sozinhos, na hora de arrumar os brinquedos, ensiná-lo onde fica o quê. - Eles conseguem fazer isto tudo mas é bem mais confortável se a mamã ou o papá o fizerem sempre por eles. E é neste ponto que deveremos estar atentos. Não vamos abandonar os nossos filhos porque deixaram de ser bebés, mas vamos começar sim a caminhar a seu lado orientando, guiando....Tal requer também força da nossa parte, pais, em ficarmos em segundo plano e deixarmos fazer, o que muitas vezes demorava 5 passa a demorar 20 minutos, mas são passos essenciais para o desenvolvimento do pequeno, para a sua autonomia. E também para nós, para com isto construirmos os momentos em que ele se ocupa sozinho nas suas brincadeiras e os momentos nos quais estamos de corpo e alma com eles.
Naturalmente nem todas as tarefas resultam sempre ou resultam bem mas não deixam de ser uma base para a construção da sua independência segura e confiante.
Não esquecendo que são crianças, que precisam de tempo e da nossa paciência e respeito pelo seu esforço, pelo seu fracasso e pelas suas conquistas.
Se a criança é capaz fica muito orgulhosa de si mesma  e podemos elogiá-la dizendo que fez muito bem, que esteve muito bem.

Ao ajudar os nosso filhos a realizar as suas tarefas do dia-a-dia estamos a ajudá-los a ocuparem-se sozinhos e é neste momento que eles precisam da nossa orientação. Se vamos, por exemplo, arrumar a casa e queremos que ele se ocupe sozinho pode ser uma tarefa dificil para ele. Podemos dar-lhe um pano e dizer-lhe para nos ajudar a limpar, mesmo que não seja uma ajuda vai deixa-lo satisfeito por saber que pode ajudar, ou então dizer-lhe com o que deve brincar o que deve fazer enquanto nós não podemos brincar junto. O essencial é deixar-lhe claro que assim tem que ser que agora nós estamos ocupadas em algo mas que quando acabarmos poderemos brincar juntos (é muito importante também não faltar à promessa)


Quando as crianças são um pouco maiorzinhas podemos construir estes momentos com rituais, por exemplo depois de almoço ele vai para o quarto, ou para o espaço onde brinca, damo-lhe uma tarefa. Podemos mesmo ter uma caixinha para este momento com um livro de pintar ou outros brinquedos com os quais ele se deve ocupar por uns 15 minutinhos sozinho, para ser mais fácil para a criança é boa estratégia ter um relógio de ponteiros e explicar-lhe até quando deve brincar sozinho, ele se sentirá mais seguro se tiver objetivos delineados. E nós teremos 15 minutos para relaxarmos, tomarmos um café e recarregarmos energias para acompanharmos com toda a disposição o nosso pequeno o resto do dia.

Todas estas dicas parecem muito fáceis assim aqui escritas mas a realidade não é fácil, principalmente para aquelas mães com mais do que  um filho pequeno em casa. Mas acredito que ensinarmos os nossos pequenos a se ocuparem sozinhos os tornará mais independentes e confiantes e dar-nos-à mais tempo também para nós mesmas recarregarmos energia.

E vocês que acham?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bolinhos saudáveis!!!

A pedido de muitas famílias ihihih :) inauguro hoje o espaço Culinária. Para quem não me conhece, eu adoro cozinhar e inventar na cozinha (a minha mãe diz muitas vezes que eu devia editar um livro de culinária), então acho que faz todo o sentido este espaço, espero que gostem.
Não sei se, se trata de uma questão de cultura, mas as minhas amigas "mamãs" aqui na Alemanha admiram-se com a alimentação que o Leo tem. Dizem ser muito cuidada e trabalhosa... eu digo que é equilibrada e prazentosa  :) E além das refeições principais que se comem cá em casa é preciso muita imaginação para fazer os lanchinhos diários que não façam o pequeno ficar com vontade de roubar os bolinhos hiper-mega-industrializados (feitos para se comerem também com os olhos) que o coleguinha do grupo de brincadeira come...
Se sou mãe a tempo inteiro e se me dedico à educação (e a educação alimentar também faz parte, não é verdade?) do Leo quase em exclusivo tenho o dever de lhe proporcionar o melhor que posso (já que o pequeno ainda não sabe cozinhar eheh)... e com isto acaba por toda a família se alimentar de forma mais saudável também. Sei que para quem trabalha fora por vezes fica dificil, mas espero ajudar um pouco com as minhas receitas.

"Bolinhos saudáveis" soa a qualquer coisa não muito deliciosa, não é verdade?
Bolinhos sem açúcar, sem gordura, sem sabor... Mas estão enganados, pois os bolinhos que se seguem além de serem ricos em nutrientes são uma delicia - o Teste já foi feito e o Leo deu nota máxima ;)

Antes de vos deixar com a receita quero partilhar o meu segredo de como é possível fazer bolinhos saudáveis e muito saborosos, para as crianças, eu sigo 4 princípios:
  1. O doce não precisa vir do açúcar:  Açúcar seja branco, amarelo ou castanho oferece ao corpo só calorias "vazias", minerais, nutrientes??!!! não existem. Ou seja, numa alimentação saudável para crianças o açúcar não encontra um lugar muito confortável. Mas ainda bem que existem alternativas para adoçar os bolinhos e além disso oferecerem nutrientes que as crianças precisam diariamente.  O mel é uma ótima alternativa, constituído por açucares simples, minerais essenciais (Ca, Cu, F, K, Mg entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes e vitaminas (complexo B, vitamina C, D, E) substitui muito bem o açúcar (mas atenção: apesar de suas propriedades o mel não pode ser consumido por crianças com idade inferior a 1 ano, devido a possibilidade de contaminação pela bactéria Clostridium botulinum, o sistema imune da criança nesta faixa etária não possui capacidade imunológica para destruir o microorganismo), outras alternativas para adoçar são o xarope de Ácer ou xarope de Agave ambos extraidos de plantas mas não tão económicos.
  2. Frutos secos são doces e saudáveis: passas, damasco, tâmaras ou Cranberries (uva-do-monte) são óptimas opções. Eles têm como os frutos frescos muitas vitaminas e minerais mas são mais concentradas em doce. Com frutas secas inteiras ou trituradas a massa de qualquer bolinho fica mais doce e apetitosa.
  3. Produtos integrais saciam:  Farinha integral tem mais vitaminas e minerais que a farinha normal, além de ter muitas fibras, o que é ótimo para um bom funcionamento intestinal e para a saciedade, a vontade de comer algo doce não volta tão rápido. - Se usares farinha integral em substituição da farinha normal deves acrescentar em cerca de 20% a porção liquida da receita.
  4. Gordura saudável também existe: nozes, amêndoas ou avelãs contém além de ácido fólico e vitamina E uma grande percentagem de gordura mono-insaturada (saudável e de fácil digestão) a famosa ômega-6.
E depois de tanta teoria... aqui fica a primeira receita. Espero que gostem. E olho que não é só para crianças :)

 - Bolinhas de amêndoa -
 
Ingredientes:  
                200g de mel;
                2 ovos biológicos;
                350 g de  amêndoa ralada;
                1 maça;
                1 vagem de baunilha (opcional)
                meia chávena de amêndoa em lascas (opcional)

Procedimento:
Misturar bem o mel com os ovos. Ralar a maçã e misturar com a amêndoa, adicionar à massa de mel e ovos e mexer bem até ficar uma massa homogénea. Por fim juntar a baunilha.
Com as mãos húmidas fazer pequenas bolas com a massa e colocar numa forma forrada com papel de ir ao forno e enfeitar com a amêndoa em lascas. Acender o forno a 180ºC e colocar os bolinhos durante 20 minutos (não deves pré-aquecer o forno). Ao fim baixar um pouco o forno para que os bolinhos não fiquem muito dourados e deixar mais 15 minutos .

Dica: em vez da maça podes usar frutos secos (por exemplo damascos, tâmaras ou passas) trituradas em um bocadinho de água.

BOM APETITE!!

 Nota: Para aqueles que não gostam de mel e acham muito dispendioso os xaropes que referi o açúcar mascavado é a melhor opção.


Bom fim de semana

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amamentação: as delícias e as dificuldades

E porque eu aqui já deixei bem claro o que é para mim amamentar... e porque gosto muito de um post que fiz faz uns tempos, que me saiu num momento rico de inspiração... deixo-o aqui novamente para não deixar passar esta blogagem colectiva :) proposta pela Ananda do Projecto de mãe. (lá no cantinho da Ananda podem encontrar a lista de quem participou com textos lindos e testemunhos admiráveis).

Selinho by Joana Heck   

Sabes aqueles sapatos altos lindos que compras para uma festa e que combinam exactamente com o teu vestido? Aqueles em que ficas maravilhosa? Aqueles em que te sentes poderosa? Em que é dificil manter o equilíbrio mas por ter sentires a mulher mais linda apanhas logo o jeito. Sentes que as pessoas olham para ti e sorriem, porque toda a tua beleza está ali, desde a tua cara de satisfação à beleza dos sapatos.
Mas que passado 10 minutos da festa começam-te a fazer umas dores nos pés. Daquelas dores chatas, que faz ferida? Sim, esses sapatos que apesar de te magoarem não vais descalçar, não vais desistir. E sabes porquê? Porque além de te fazerem elegante, linda, poderosa. fazem-te bem ao ego, à auto-estima.
E aguentas mais umas horas, esqueces a dor e divertes-te. É uma dor menor, comparada com a alegria do momento, podes até colocar uns pensos rápidos nos dedos e no calcanhar e... óptimo a dor passa. E então podes dançar, passear pela festa e manter o teu sorriso, nada podia estar melhor. Uma festa linda e tu a sentires-te completa.
Pois é... usar sapato alto e novo é para mim comparável a amamentar. (prontos, podem chamar-me nomes, dizer que fiquei maluca e não digo coisa com coisa... eu aceito :) )
Amamentar doi, sim. Pode doer muito. Amamentar exige muita força, principalmente nos primeiros tempos em que o nosso corpo ainda não se adaptou, mas passa, depois de algum tempo deixa de doer. Cheguei a evitar gemer de dor com o Leo a mamar, para que ele não sentisse que eu sofria... mas passou (foram os 1ºs 4 meses, mas sabes que já nem me lembro)...
Mas amamentar também me faz sentir poderosa - ver um ser tão pequenino chegar aos 6 meses grande e gordinho só com o meu leitinho não tem sensação melhor. Amamentar aumenta a tua auto-estima, sentes-te linda. 
O sentimento que tenho de amamentar não é dos tempos dificeis, longe disso, o que fica é os momentos maravilhosos, o olhar de bebé recém-nascido fixado em mim, o sorriso... e agora que ele é mais crescido ficaram especialmente maravilhoso, estes momentos só nossos:
O Leo pára de mamar e diz: "É bom.... deícia" (delicia!!) - não é de morrer de amor :)
E quando ainda a mamar eu pergunto: - "De quem é o leitinho, amor? - ele responde ainda a abocanhar o meu peito: - "É meu" :)
Além de todas as vantagem que já conhecemos a níveis de saúde, amamentar é bom para a alma, para o nosso equilíbrio... É uma opção sim, não condeno quem usa sapato rasteiro com um vestido de noite... mas certamente são de acordo que combinaria melhor um sapato alto e elegante...
Amamentar é para mim um deixar de estar grávida gradual.... faz parte... combina.
E sei que há casos de quem não consegue amamentar, tenho consciência disso, existem casos bem próximos de mim. Mas também sei que a falta de apoio e informação desencadeia essa não possibilidade. A facilidade em preparar um biberão com LA não se compara à capacidade, paciência e força que temos que ter para começar a amamentar. Sei que existem, felizmente raramente, distúrbios orgânicos que não deixam o nosso corpo reagir naturalmente. Para essas mães deixo o meu abraço, não se sintam menores ou culpadas por não o terem feito... não deixam por isso de ser menos mães. E certamente poderão sentir-se belas e maravilhosas nesta "festa de ser mãe" em outras situações e etapas de desenvolvimento dos nossos tesouros.
Amamentar é além de nutrir, é começar a Educar Sentimentos...
Hoje estou assim, como quem vive numa festa, sentindo-me linda e completa, com a auto-estima em alta...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As forma de distribuir carinho III

Como já defendi aqui e aqui existem imensas formas de distribuir carinho :)
E quando distribuimos carinho e ao mesmo tempo estamos a fazer algo que nos faz bem, que nos relaxa e nos deixa satisfeitas melhor ainda não é!!
E porque ser mãe é ser uma infinidade de coisas, aqui do velho se faz novo, com uma camisa que o papá já não vestia (e que ainda estava nova)  fiz um chapéu de "Pirata com pala"... eheheh (só chapéu de pirata não ajudava muito na protecção do sol nos olhos :) ) E assim protege os olhos e o pescoço de possíveis queimaduras solares.
E então, aqui partilho a minha última criação e o Leo adorou.



Fotos tiradas mesmo ao lado de casa na margem do rio Isar... é maravilhoso viver numa cidade tão grande como Munique e ter ao mesmo tempo a natureza à porta de casa.

Uma óptima semana para todos

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Educar a autoconfiança e a autoestima

A autoestima e a autoconfiança são as ferramentas mínimas para o ser humano ser capaz de levar a vida de forma saudável e feliz, enfrentando todas as dificuldades, resistências e frustrações.
Autoestima é auto-amor, é aceitar quem somos, é gostar de nós mesmos... é compreender-me, acolher-me e aceitar-me do jeito que eu sou e da maneira que eu estiver em cada momento e situação da minha vida.
Autoconfiança é confiança em mim, força de vontade, é crer que eu sou capaz, que eu posso, que eu consigo, que eu tenho capacidade e disposição para ir em frente, para aprender o que eu não sei, para reconhecer e aproveitar as oportunidades, para ultrapassar os obstáculos que surgem, para superar meus bloqueios e para vencer minhas limitações.
É por isto que defendo que viver sem estes dois não é ser feliz, não é estar bem. E se não estamos bem, nós ou as nossas crianças, temos que fazer alguma coisa e não cruzar os braços...
Primeiro o que temos a fazer se achamos que os nossos filhos não se sentem confiantes é olhar no espelho, sim no espelho.
Quantas vezes eu já disse por aqui que é com exemplo que se educa???!!! 
Sinto-me confiante??? Gosto de mim??? Se sim, certamente estarei a conduzir os meus filhos no bom caminho, e eles ganharão estes sentimentos com um pouco de atenção e incentivo da nossa parte, se não... tenho que tomar uma atitude. Pois se nós mesmos não nos sentimos confiantes como poderão se sentir os nossos filhos.
Se as raízes não têm confiança e autoestima como poderão os frutos se alimentar!!!!

Nós sentimos o que pensamos. A nossa autoestima é o resultado dos nossos pensamentos e atitudes. E se a nossa autoestima for alta teremos certamente mais confiança nas nossas habilidades. Em geral: quanto mais positiva a nossa autoestima e autoconfiança for, mais bem-sucedidos podemos ser e podemos lidar melhor com as pessoas, os problemas e a vida... E a base para nossa auto-estima é certamente definida na infância.
Como pais e professores, temos uma grande influência sobre a auto-estima de nossas crianças. A base para a auto-estima, dizem os especialistas, é formada nos primeiros 6 anos de vida. A experiência que fazemos nestes primeiros anos dão forma à nossa autoestima-essencial. Mais tarde os colegas também terão um grande impacto, mas com uma base solida não é com eles que grandes alterações ocorrerão.

Como podemos então ajudar na formação de autoconfiança nos nossos filhos? (aqui ficam algumas dicas que acho essenciais)
  1. Quanto mais positiva for a autoconfiança e autoestima dos pais maior será a das crianças, então sê um bom modelo, trabalha e reforça a tua autoconfiança e autoestima;
  2. O elogio e reconhecimento é a forma mais fácil e rápida de aumentar a autoestima de uma pessoa, elogia pelo menos uma vezes por dia o teu filho (o comportamento, por exemplo, e se o teu filho dificilmente se comporta de forma excelente, elogia o melhor que ele conseguiu e ele aumentará o seu nível a cada dia, não precisa ser o perfeito mas sim o melhor), elogia também as tentativas de fazer algo, se o teu filho tentou já foi positivo; 
  3. Pega no teu filho ao colo pelo menos uma vez por dia para lhe dizeres o quanto gostas dele, o quanto estás feliz por ele existir; 
  4. Evita criticar e caso o faças critica a ação não a pessoa, por exemplo, diz-lhe que o amas mas que o seu comportamento te chateia muito;
  5. Mostra ao teu filho que ele pode controlar os seus próprios sentimentos, se ele se sente triste podes-lhe pedir que feche os olhos e pense em algo bonito que já lhe aconteceu, ou que pense numa situação em que já teve orgulho em si mesmo por ter conseguido algo, ajuda-o a relembrar estes momentos que o fizeram sentir-se confiante. Explica-lhe que não são os sentimentos que o comandam mas sim os seus pensamentos e ideias;  

A autoestima e autoconfiança positivas são as principais razões para uma criança atingir um estado mental estável, que lhe permita confiar em ser capaz de lidar com a vida e lidar com a rejeição dos outros. Valorizar a si mesmo e as suas ações. Sentir que tem um lugar no mundo...


E tudo isto com uma "pitada" (uma grande pitada :) ) de carinho e atenção dos pais estará o caminho aberto para um futuro com pernas para andar...

Uma ótima semana para todos

quinta-feira, 5 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Educar do medo à autoconfiança

Quando a criança pequena demonstra medos que aos nossos olhos parecem demasiado estranhos ficamos naturalmente inseguros. Medo de um brinquedo novo, medo de um ruído... durante muito tempo o Leo tinha um medo enorme do aspirador nem precisava estar ligado se ele o visse chorava e gritava com um verdadeiro e sentido sentimento. A minha estratégia foi deixar que ele mesmo lidasse com seu medo, expliquei-lhe o que era aquilo, para que era usado. E pouco a pouco o Leo foi-se sentindo mais confiante até ao dia que o encontrei a tocar no aspirador explorando-o, não disse nada, deixei-o ali com os seus pensamentos e desde esse dia o Leo não tem mais medo, ele não gosta mas não tem medo.
O medo faz parte da vida, não é verdade? Devemos saber lidar com ele...

Uma vez numa conversa com uns amigos sobre as diferentes formas de medo houve um deles que disse: "Eu não conheço o sentimento de medo." E eu fiquei perplexa, não sabia se devia felicitá-lo, lamentar ou simplesmente não acreditar no que dizia. Decidi por lamentar. Eu sei dar valor ao meu medo, sei apreciar o seu valor. Quando criança eu tinha medo de ficar sozinha em casa, de participar na sala de aula, mas eu aprendi com estes medos, aprendi a lidar com eles e através desta aprendizagem ganhei autoconfiança. O medo também me ajudou a reagir adequadamente em situações dificeis. O medo faz parte.
Claro que nem todas as pessoas têm os mesmos medos ou sentem medo com a mesma intensidade. O medo faz parte das características psicológicas de cada um, tem o objetivo de nos proteger contra os perigos com que nos deparamos ou longo da vida.

Para os nossos filhos o medo é também uma parte do seu desenvolvimento saudável. Eles estão nos seus primeiros anos de vida e são confrontados diariamente com situações novas que podem aos seus olhos serem ameaçadoras. Dependendo da personalidade, sensibilidade e imaginação da criança o medo pode-se manifestar com intensidades diferentes. Mas também faz parte, são medos diferentes dos nossos naturalmente, mas são medos válidos e como em tudo temos que ter a sensibilidade de os olhar com os olhos de uma criança e não desvalorizá-los à luz da nossa compreensão do mundo.
E mais uma fez muitos medos não passam de uma fase, como é o caso do medo da separação e da perda que vão enfraquecendo e desaparecendo gradualmente. Só no caso de a criança demonstrar medos que cada vez se tornam mais fortes e se solidificam tornando-se limitações no seu dia-a-dia, interferindo na sua saúde deveremos procurar ajuda profissional, mas nestes casos passamos para outro campo mais complicado que são as fobias.

No entanto, banalizar o medo que a criança sente não é boa estratégia. Devemos num primeiro passo falar abertamente com o nosso filho sobre os seus medos. A criança vai acalmar-se, vai sentir que é levada a sério. Devemos falar sobre medo e incentivar o nosso filho a descrever o que sente, a descrever os seus sentimentos de medo e ansiedade. Nunca confrontá-lo com o medo mas sim deixá-lo à vontade para ele próprio quando se sentir preparado o enfrentar.

Existem rituais com vertentes positivas, que podem ajudar as crianças em idade escolar, crianças que enfrentam medos e que mesmo entendendo-os não se sentem capazes de os ultrapassar sozinhas. Pequenos rituais como bater as palmas quando sentem esse medo, fechar as mãos com força e contar até dez... por vezes pode ajudar se fizerem um desenho descrevendo o que sentem, uma encenação do medo ou exercícios de relaxamento como por exemplo ioga.

Em caso algum devemos inferiorizar a criança por sentir medo, não devemos dessuadi-la, frase do tipo "Tu não precisas ter medo" não trazem resultados positivos. A segurança e aprendizagem na primeira infância são os pilar para o desenvolvimento saudável. Todos os relacionamentos posteriores serão baseados nelas.
Se nós pais permitirmos que os nossos filhos enfrentem os  seus próprios medos, sem super proteger estaremos a oferecer-lhes segurança, autoconfiança. E uma criança com autoconfiança ultrapassará posteriormente as situações stressantes e ameaçadoras da vida com mais facilidade.
E acredito que se deixarmos os nossos filhos explorar sem super-proteger sem lhe mostrar o nosso próprio medo ou a nossa própria ansiedade com o seu desenvolvimento, estaremos a construir as melhores cartas, as melhores ferramentas para que um dia o nosso filho possa dizer: "Os meus pais foram para mim um porto seguro onde eu sempre me pude ancorar".

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tempo sem a mamã (4ª parte) - A atitude que tomamos é o nosso destino

Faz 1 mês que o Leo vai 3 dias por semana por cerca de 2 horas por dia ao infantário do Fitness-studio onde a mamã tem um tempinho para ela e para o seu corpinho :)
Pois posso dizer-vos que não foi fácil, o Leo esteve até aos 18 meses exclusivamente comigo, 24 horas por dia,  ficar com pessoas que não conhece foi um problema, para ele e para mim...
Mas apesar da pausa de uma semana, quando ele esteve doente, que não ajudou nada no processo de adaptação, hoje ele fica quase sempre sem chorar e mesmo quando chora acalma-se bastante rápido. Posso considerar que a adaptação está no ótimo caminho :)

O que ajudou no processo de adaptação:
- Conversar muito com o Leo, sempre que vamos para a escolinha (nome que demos para tornar a coisa mais carinhosa :)) explico que ele vai ficar lá enquanto a mãe vai fazer ginástica, que ele não precisa chorar;
- Falamos frequentemente em casa sobre a escolinha os brinquedos que lá existem, sobre as professoras, dizendo sempre o nome delas, para que o Leo se sinta o menos possível num lugar estranho;
- Nos dias que vamos, a conversa ao jantar passa por contar ao papá como correu o dia na escolinha o que fez e com o que brincou;
- Quando chegamos na escolinha fazemos sempre o mesmo ritual, o Leo tira o casaco e os sapatos, senta-se na mesinha e faz um lanchinho e eu vou embora (a primeira vez que ele, quando eu fui embora, em vez de chorar se virou para mim e disse "Até já mamã" fiquei triste acreditam???!!! Ser mãe é muito dificil... queremos que os pequenos sejam independentes e ao mesmo tempo queremos que eles se sintam agarrados a nós para sempre. Mas é claro que estou super feliz por ele já se sentir bem por lá e aliviada);

- E o mais importante de tudo e que acredito que tenha sido o ponto crucial para a boa adaptação foi a minha atitude. Considero que nas primeiras semanas eu transmitia ao Leo, mesmo não querendo, que estava insegura, que embora soubesse que ele ficava acompanhado com pessoas muito competentes, eu no fundo não queria deixa-lo, sentia-me a abandoná-lo.
Hoje sei que esse deveria ser o primeiro passo, antes de querer que o Leo se adaptasse a esta nova etapa sem a mamã deveria ter sido eu a adaptar-me. E foram os vossos comentários, as vossas dicas que me deram essa força. E a minha atitude mudou muito.

Obrigada Cora, o teu comentário fez o verdadeiro clique na minha cabeça, como tu mesmo disseste "Quando começar a deixá-lo sem "culpa" ele também ficará melhor" "Você precisa passar confiança para ele" e foi isso que eu fiz. Pensei no assunto mais uma vez e senti-me com força, é isto que é o melhor para o Leo e para mim, ele precisa de uma mãe que se sinta bem consigo mesma, precisa de brincar com outras crianças, precisa ser mais confiante e seguro e precisa ouvir mais alemão para que aos 3 anos a entrada na pré-escola não seja um choque tão grande. E se é bom para os dois, se ele está com pessoas que o tratam bem, se eu estou ali tão perto, porquê estar insegura??
Hoje eu transmito-lhe confiança, deixo-o na escolinha com um sorriso nos lábios como sempre, mas agora também tenho um sorriso no olhar e no coração... e ele sente isso... eu sei.


Com isto acabei clarificando mais uma teoria nesta minha cabeça :) Existem tantas situações na vida em que mais do que tudo é a nossa atitude que as comanda. Se estamos doentes fisica ou mentalmente e a nossa atitude é baixar os braços não lutar mesmo tendo em conta as nossas limitações, nos isolamos do mundo e não apanhamos sol, não ficaremos bons nunca, a tristeza enraizar-se-á e a doença ficará como nossa única companhia. Quem gosta de estar ao pé de pessoas que só se queixam, que só se lamentam??!!! Admiro muito aquelas pessoas que apesar das suas limitações conseguem olhar para a vida de cabeça erguida e é assim que eu quero olhar.
Se tomarmos uma atitude positiva e de confiança o sol brilhará mesmo em dias cinzentos, acreditem. Hoje o carro avariou vamos ter que sair a pé ou de transportes públicos, e que fazemos nós??!!! Temos paciência... vamos aproveitar para sorrir para as pessoas, olhar para a paisagem, mostrar o lufa-lufa da cidade para o nosso pequeno conhecer como é a vida dos adultos... e assim não é tão desgastante o nosso dia mesmo sabendo que temos um carro avariado em casa... que tanta falta faz.
A vida é para ser vivida, ela não espera, então que melhor haverá a fazer que tomar uma atitude positiva e de confiança? De enfrentar os problemas e resolvê-los... sejam eles mais ou menos complicados tudo não passa de uma questão de atitude.

E as boas atitudes são contagiantes.

"Habilidade é o que tu és capaz de fazer. Motivação determina o que tu fazes. Atitude determina a qualidade do que fazes." (Lou Holtz)

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